…é o que mais quero na vida!"
Acho que isto é o nome de uma música pimba… - as minhas referências culturais a revelarem-se…!
Passear o Alberto, também conhecido por Albert, de cognome o Burro (se ele não fosse cão seria burro, acreditem…), requer antes de tudo o mais uma profunda preparação mental e física – não esquecer aqui o aquecimento de todas as partes do corpo de modo a evitar uma luxação indesejada! Esta preparação não é praticada pelos iniciados porque muito inocentemente não fazem ideia do que os espera… Também seria de esperar que os veteranos nas andanças dos passeios higiénicos caninos estivessem habituadíssimos a este tipo de transtorno mental, porém, sempre que se envolvem num passeio com o Alberto, sofrem sempre uma experiência traumática!
Passear o meu cão é muito mais do que “dar uma voltinha ao quarteirão”. É uma experiência inesquecível (não pelas boas razões!) mas que se tenta esquecer (sem conseguir…) durante toda a vida! É uma aventura, não nas florestas tropicais repletas de perigos, mas nos trilhos citadinos cujo perigo vai mesmo à nossa frente, puxando-nos qual touro enraivecido; uma viagem atribulada com puxões repentinos atordoantes e paragens bruscas desequilibrantes, sempre num contínuo medir forças (que se pode tornar bastante perturbador para um qualquer observador menos experiente que pense que estou a massacrar o cão, quando o inverso é que é verdade!) – ele puxa para a frente, eu puxo para trás, ele volta a puxar para a frente e eu para trás, gritando: “Tem calma!”. A sofreguidão pela rua é indescritível: se lhe dou corda, sou arrastada de braços estendidos, agarrando a trela, levada a correr pela fúria canina do meu cão; se lhe encurto a coisa começo a ouvir aquele respirar ofegante e constrangedor de quem está a ser sufocado – ironicamente por ele próprio…a inteligência tem destas coisas!
São várias as demonstrações de consciência cívica de quem leva o seu cãozinho a passear: a da Buffy revela-se em coagir o Ícaro a fazer xixi nos pneus do seu smart! Isto para os seus vizinhos verem que ele não tem preferência em fazê-lo nos pneus dos outros!=P A minha consciência cívica revela-se consoante os locais de defecação: em Lisboa ando sempre de saquinho na mão bem à vista de todos; no Monte da Caparica, onde impera a lei da idiotice, negligencio o saco de plástico para evitar ser apanhada desprevenida de rabo para o ar, a apanhar caca de cão…!
Após voltinhas frenéticas do Alberto de rabo para baixo, precedido de puns premonitórios típicos de cão a ficar velhote, e posicionando-se para edificar uma qualquer obra de arte fecal, preparo-me para o pior! A coisa raramente se passa da melhor maneira e, após o acto, podem ver-me sempre de rabo para o ar, a gritar com o cão para estar quieto, agarrando na cauda e tentando, perante as suas esquivadelas, limpar-lhe o rabo! No caso de cães mais sensíveis (e isto é um eufemismo para maricas!), há quem utilize Dodots para lhes limpar o rabinho; o meu não tem cá desses tratamentos vips - papel higiénico e é se quer! De esclarecer que o meu cão é um autêntico maricas! Se está doente é sempre do cú (quente)! Das glândulas perianais, cientificamente falando… Num trocadilho (cão maricas - doente do rabo), poder-se-ia pensar que estava relacionado com as suas “escolhas sexuais”, porém asseguro-lhes que não porque sempre que algum cão lhe tenta cheirar o rabo, o Alberto vai-se aos arames!
Sempre que virem uma rapariga histérica, a gritar e a gesticular, a bater com o pé no chão e de rabo para o ar a olhar para o rabo do seu cão, não estranhem porque sou eu!
A viagem termina (se com muita sorte não tiver que dar banho ao Alberto) com um olhar satisfeitíssimo de missão cumprida e gozada à grande por parte do Alberto e um abanar de rabo, tão característico dos nossos amigos. E eu derreto-me. E esqueço toda a vergonha que acabei de passar!
I LOVE YOU ALBERT
LOOOOOOOOOOOOOOL, que querida... mto bom, mesmo.. só rir de estar a ler e a imaginar-te nessa aventura... por isso tenho o feeling...:)
ResponderEliminarLOOOL
ResponderEliminarAgora vejo as vantagens de se ter um gatinho!=)
Alberto, Alberto...
LOOOOL é verdade levar os canitos à rua é sempre uma aventura, ainda hoje de manha vi um rapaz com um cachorrinho perdigueiro e pensei cá para mim, nem sabes no que te vais meter quando o teu cão se transformar num cavalo! mas esta relação de amor ódio é algo que não trocava por nada
ResponderEliminarLOOOOOL
ResponderEliminarÉ verdade! Também não! É caso para dizer: Quanto mais me bates (no meu caso quanto mais me fazes passar vergonha) mais eu gosto de ti, Albert!
pode ser que alguém se reveja neste texto... :)
ResponderEliminaropah... juro-te, depois dos textos massudos de sociologia, ler isto é tipo: refrescante!!! =)
ResponderEliminarum dia destes transformo-me em aventureiro cameraman da national geografic e vou filmar essas aventuras, ficando rico e famoso por estudar e documentar estas duas "aves-raras"!! (fiquei mesmo encantado com o senhor da apple e as novas oportunidades) XD
nunca se sabe, querida smile...
ResponderEliminarfenomenal!e eu já pude assistir a uma parte desse passeio.Todos os cães são assim e é por isso que eles são engraçados.
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